PÁGINA ACADÊMICA DIA 04/01/2021
TORMENTOS
Meus olhos são poços a transbordar de pranto
Numa evaporação de alva espuma
Sinto perversa ânsia no peito
A dedicar-me homenagem póstuma!
Por entre pesadelos, queixas e desejos,
Incinerando toda a rúbida flama
Das últimas carícias em lampejos
Qual eclipse dum momento que inflama!
Sinto terror da tampa negra sem relíquias
Dum refúgio mudo, incerto, indevassável,
Temendo as cruéis, pérfidas exéquias!
E, ao sonhar com febril in_dolência
Numa sutil, insinuante resiliência,
Eis que me torno indefensável!
Marilândia Marques Rollo
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