terça-feira, 8 de dezembro de 2020

ESCREVO DIANTE DA JANELA ABERTA // EM SENTIMENTOS BORBULHANTES

POEMA DE MARIO QUINTANA COM DUETO DE MARILÂNDIA  MARQUES ROLLO


ESCREVO DIANTE DA JANELA ABERTA // EM SENTIMENTOS BORBULHANTES


 Escrevo diante da janela aberta.// Sussurando melódicas, insinuantes palavras
Minha caneta é cor das venezianas:// Quais acesos faróis em alvissareiras metáforas!
Verde!... E que leves, lindas filigranas// Tendo na alma a fulgir esmeraldas luzentes
Desenha o sol na página deserta! // E a despertar o astro-rei dentre os poentes!

 Não sei que paisagista doidivanas // Retrata sob um clima de flama imprevistos matizes,
Mistura os tons... acerta... desacerta... // Entrelaçando tonalidades, nuances  in_felizes!
Sempre em busca de nova descoberta, // Voluvelmente , naufraga em des_concertos
Vai colorindo as horas cotidianas... //  (Des)

colorindo) momentos, dias  in_certos!

Jogos da luz dançando na folhagem! //  Em coreografias borbulhantes 
Do que eu ia escrever até me esqueço...// Zombando, (in)conscientemente!
Pra que pensar? Também sou da paisagem... // Recordo-me in_quieto , im_paciente!

 Vago, solúvel no ar, fico sonhando... //  Lânguido, flutuante, em sentimentos brilhantes!
E me transmuto... iriso-me... estremeço... // Transfigurando-me , sôfrego, ansioso,
Nos leves dedos que me vão pintando! //  A pincelar-me num augúrio pretensioso!

Mario Quintana// Marilândia Marques Rollo

 

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