Falo de Ti às Pedras das Estradas// EM VERSOS BULIÇOSOS
Marilândia Marques Rollo num dueto em poema de Florbela Espanca FALO DE TI ÀS PEDRAS DAS
ESTRADAS// EM VERSOS BULIÇOSOS
Falo de ti às pedras das estradas,// Palavras in_quietas quais versos buliçosos
E ao sol que é louro como o teu olhar,// Assim como farol de augúrios milagrosos...
Falo ao rio, que desdobra a faiscar,//Nos instantes em que esperanças ondulam,
Vestidos de princesas e de fadas;// Lembrando florescências que encantam!
Falo às gaivotas de asas desdobradas,// Com sentimentos e carícias suspirantes,
Lembrando lenços brancos a acenar,// Vislumbrando visões sonâmbulas delirantes,
E aos mastros que apunhalam o luar// Em trêmulas, ardentes sinfonias compassadas
Na solidão das noites consteladas;// Bem como no agito das madrugadas alvoraçadas...
Digo os anseios, os sonhos, os desejos// Sempre a soluçar dentre murmurejantes panoramas...
Donde a tua alma, tonta de vitória,// Não é apenas um fantoche, sequer um espectro vão,
Levanta ao céu a torre dos meus beijos!// Que se enxugam à brisa alucinante da paixão!
E os meus gritos de amor, cruzando o espaço,// Lá nalguma constelação esquiva, arrefecem
Sobre os brocados fúlgidos da glória,// Eis que mergulhados em deflorados melodramas,
São astros que me tombam do regaço!// Tais miríades de estrelas que resplandecem!
Florbela Espanca// Marilândia Marques Rollo
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial