Soneto Azul// VERSOS CELESTIAIS(fazer o duo)
SONETO AZUL// VERSOS CELESTIAIS
Quando desperto mansamente agora// Sombra vã de figura estranha
é toda um sonho azul minha janela// Ei-la que vai galgando
e nela ficam presos estes olhos, // A ganhar certos encantos,
amando-te no céu que faz lá fora. // Na sede ideal dos místicos desejos.
Tu me sorris em tudo, misteriosa... // Devorando-me, oprimindo-me...
e a rua que - tal como outrora - // _Mumificada no peito ardente_
desço,
a velha rua, eu mal a reconheço // Eis que numa estranha e tenebrosa calma
em sua graça de menina-moça... // A cintilar virginais alvuras!
Riso na boca e vento no cabelo, // Sob o celeste pálio majestoso
delas vem vindo um bando... // Quais sonhos em caravana!
E ao vê-lo
por um acaso olha-me a mais bela. // Dentre o luar noctivagando.
Sabes, eu amo-te a perder de vista... // Nos longes, muito longe
e bebo então, com uma saudade louca, ..// Sonâmbulo do Além, do In_definido...
teu grande olhar azul nos olhos dela! // Olhar que a sublime comoção traduz!
Mario Quintana// Marilândia Marques Rollo


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