Ah! Os relógios// Mario e Marilândia em dueto
AH! OS RELÓGIOS // GIGANTESCOS PROBLEMAS
Amigos, não consultem os relógios// No escuro da noite, vivam o silêncio,
quando um dia eu me for de vossas vidas// Soluçando solitários
em seus fúteis problemas tão perdidas// Na lânguida embriaguez das vãs agonias
que até parecem mais uns necrológicos… // Tais leprosas trevas da in_clemência!
Porque o tempo é uma invenção da morte: //
não o conhece a vida – a verdadeira// Terá a Vida encantos reunidos!…
em que basta um momento de Poesia// Vejam como a noite é calma e enluarados os campos
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna // Ai! deixa-me sonhar, a alma errante
somente por si mesma é dividida: // sob segredos não revelados
não cabe, a cada qual, uma porção. // apenas uma partícula...
E os anjos entreolham-se espantados //
quando alguém – ao voltar a si da vida –
acaso lhes indaga que horas são…
–
Mario Quintana e Marilândia Marques Rollo
da ingenuidade
de uma infância perdida…
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