sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Ah! Os relógios// Mario e Marilândia em dueto

AH! OS RELÓGIOS  // GIGANTESCOS PROBLEMAS

 Amigos, não consultem os relógios// No escuro da noite, vivam o silêncio,
 quando um dia eu me for de vossas vidas//  Soluçando solitários
em seus fúteis problemas tão perdidas// Na lânguida embriaguez das vãs agonias
 que até parecem mais uns necrológicos… // Tais leprosas trevas da in_clemência!


 Porque o tempo é uma invenção da morte: //

não o conhece a vida – a verdadeira// Terá a Vida encantos reunidos!…

em que basta um momento de Poesia// Vejam como a noite é calma e enluarados os campos 

 para nos dar a eternidade inteira. 



 Inteira, sim, porque essa vida eterna // Ai! deixa-me sonhar, a alma errante 
somente por si mesma é dividida: // sob segredos não revelados
não cabe, a cada qual, uma porção. // apenas uma partícula...


 E os anjos entreolham-se espantados // 
quando alguém – ao voltar a si da vida – 
acaso lhes indaga que horas são… – 


Mario Quintana e Marilândia Marques Rollo



 da ingenuidade

     de uma infância perdida…

 

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