COSTURANDO POESIA

“Eu transbordava meu copo

E todos os meus vazios...”

Jô Tauil

Ó volúpias letais e dolorosas,

Que traziam nas faces

 Os frios tons magoados

Lembrando o aspecto de um luar diluindo...

Negros pavores sepulcrais e esquivos

Como sombras dos outroras,

Se extinguiam nas noites tredas

Aniquilando anseios, expulsando devaneios

Que da Vida douravam-me as ilusões...

Assim,

Muda e pasmada,

Compungida e absorta,

A sonhar e a esconder sentimentos vagos,

Rasgava no etéreo Espaço da Pureza
Os segredos escondidos nos mantos dos crepúsculos...

Marilândia