quinta-feira, 17 de março de 2016

_MOTE DADO - POETA INSPIRADO_















MOTE L
Chove. Há Silêncio
Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva// Não faz ruído senão com sossego.// Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva //Do que não sabe, o sentimento é cego.// Chove. Meu ser (quem sou) renego...
(...)
Não paira vento, não há céu que eu sinta.// Chove longínqua e indistintamente,// Como uma coisa certa que nos minta,// Como um grande desejo que nos mente.// Chove. Nada em mim sente... //
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"


VIUVEZ DA ALMA

Carícias?
Saudades?
In_consistentes lembranças...

Desejos que nos alimentam
Nas chuvosas madrugadas...
Nas sutilezas que nos embriagam...

Torrenciais chuvas
Na efervescência dos pecados...

Marilândia



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