terça-feira, 28 de julho de 2015

POEMA DE FRANCISCO SERRA




Como a aurora sente a falta dos raios de sol…
Sinto eu e meu corpo todo a falta do teu abraço.
Sinto-me secar por dentro como uma
Arvore que morre,
Numa quietude mórbida de tristeza e cansaço.
Sinto que me perco na imensidão das gentes…
Onde preciso dum olhar teu para voltar a florir!
Que não te toque a noite, sem o aveludado das minhas mãos.
Que não te toque a brisa, sem o suspirar do meu beijo.
Que nada em ti te toque, que não esteja presente!

Que te posso mais dizer?
Que te posso mais pedir?
Que te posso mais fazer?

Quero que me olhes como sou, sem amainar os meus defeitos
Sem qualquer outra coisa que vejas senão eu, sem capas que me escondam!
Como um rio que corre, quero que sejas o meu mar,
Onde me entranho e sinto livre na água cristalina do teu corpo.

Sabes…?

Se um dia o vento te levar, para outros espaços, outros tempos,
Que não te esqueças nunca que em teu corpo um dia criei raízes
E nossos corações bateram num corpo só!

FRANCISCO SERRA

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