OS LÍRIOS MORREM À TARDE
OS LÍRIOS MORREM À TARDE
Cai a tarde!
Esplendorosa, nostálgica,
Adornada por fulgentes
Raios de sol.
A minha volta,
Tudo tem vida.
A felicidade invade
O meu ser.
Seara de flores
Viçosas.
Todas as cores.
O infinito azul do céu
Presenteia a natureza.
Pássaros em bando
Gorjeiam,
Saltitam,
Brindam o espetáculo
Que se espraia ao entardecer.
Lírios morrem à tarde.
Resplandecem ao alvorecer.
Feito arautos,
Anunciam o amanhecer.
"Dai-me rosas e lírios,
Dai-me flores, muitas flores
Quaisquer flores, logo que sejam muitas..."
ÁLVARO DE CAMPOS
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