"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
domingo, 28 de setembro de 2025
SARAU DE PRIMAVERA DIA 4 DE OUTUBRO #3 estilos (revisar)
GILSIANO'S GRUPO POÉTICO
Sarau de Primavera
Tema: "Florescendo o Amor"
Autora:Marilândia Marques Rollo
Título:Jardins da Minha Alma
País:Brasil
Data: 04/10/2025
Gentilmente convidada pela amiga poetisa Luz Crystal
Jardins da Minha Alma
Em meu peito germina um suave canto,
Semente oculta em prados de ternura,
Que rompe a dor, transborda em puro encanto,
E veste a vida em cores de doçura.
Das cinzas nasce o lírio mais formoso,
Que a alma embala em sonho perfumado,
E em cada pétala — um desejo ansioso,
Em cada espinho — um rastro do passado.
Ah, coração que insiste em florescer,
Mesmo no luto, em sombras tão sombrias,
Transforma a mágoa em luz do renascer.
E entre saudades, dores e agonias,
Faz-se do amor um bálsamo de ser,
Colhendo auroras em jardins de poesias.
Marilândia
Aurora do Meu Ser
No seio oculto da minh’alma aflora,
Um lume doce, em pétalas se espalha,
É flor do amor que rompe a noite e a hora,
E faz da dor um canto que não falha.
Mesmo entre sombras nasce a primavera,
E em cada espinho há seiva de esperança,
Que em versos meus ressurge e me tempera,
Na eterna sede de quem sonha e alcança.
Ah, coração que insiste em colorir,
As cinzas frias de um passado intenso,
E ao pranto dá o dom de redescobrir...
Pois mesmo em luto, em mágoa e desalento,
O amor se ergue, ávido de existir,
Florindo a vida em puro encantamento.
Marilândia
Cálice da Dor
Do meu sofrer, um lírio se levanta,
Banhado em pranto, em mágoa concebido,
É flor cruel que fere e que encanta,
Perfume doce em veneno escondido.
O amor em mim floresce entre ruínas,
Com sangue rego o solo da saudade,
E cada pétala traz sombras finas,
Que me recordam a minha eternidade.
Ah, coração! Por que queres florir,
Se o lume cego apenas me devora,
E a vida é sombra que insiste em mentir?
Mas mesmo assim, no peito que implora,
Brota o amor — suplício a me ferir,
Cálice de dor que nunca se evapora.
Marilândia
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