NÉVOA SAGRADA”
Vago perdida entre estes véus de prata
Sem saber de onde venho ou para onde vou,
Caminho às cegas por esta estrada ingrata
E nem recordo mais quem me guiou!…
Não enxergo luz, tudo é sombra e vento…
E esta alma errante, sem destino certo
Faz-me pensar na rosa do momento
Que desabrocha sozinha no deserto…
Carregar no peito a chama do infinito
E não ver clareza neste abismo aflito,
Poetas, companheiros da ventura!…
E chamam-nos de nós os Visionários!
Pobres almas sem rumos, solitários,
A viver pelos outros na penumbra!
Marilândia
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