Meu Devaneio
Em gestos lentos, sombras melancólicas,
Erguendo a alma em danças recolhidas,
Todas sedas douradas, simbólicas,
Em mim vibram as cordas comovidas...
E os meus sonhos serenos, bucólicos,
Crianças que nas brumas andam idas,
Nostálgicos, dolentes, melódicos,
São versos de canções jamais ouvidas...
As rosas entreabertas dos meus lábios
São segredos, são magos, são alfarrábios
Que lágrimas de outono deixam rastros...
E a minha voz, o cântico da aurora,
No infinito, mística, sonora,
A cantar vai colhendo os sonhos gastos!...
Marilândia
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