Ardência
Na febre ardente desta juventude,
Neste delírio que consome e arde,
Num tremor doce de inquietude,
Entrego-me sem freio que resguarde!
Entre o sonho e a cruel certitude…
A chama que o destino em mim aguarde…
- Minha alma! Nela vive um fogo grande:
Meus ais de paixão e de virtude!
Trago rosas selvagens no cabelo…
São raios de luar quando te anelo,
Fincados na minh’alma como espadas!
E do meu ser os íntimos segredos
Vão tecendo em teu peito entre os enredos
Sutilmente, em flamejantes jornadas…
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