Véu de Sombras
O crepúsculo vem... Como lenço de seda
Que cobrisse feridas de uma face,
A tarde morre... Ah! suave mercê da
Penumbra que os pesares me desfaça!
Assim mãos de ternura me hospedassem!
Assim me acolhessem, generosas,
E em leito de violetas me deitassem
No ocaso que declina entre as rosas!
A sombra em véu dourado se dissolve...
Aroma de gardênia ou de jasmim,
A noite me envolve e me revolve!
E o escuro vem baixando, grave e mudo...
Meu terno Amor, tu tocas o meu tudo
Tocando nesta hora o meu jardim!
Marilândia
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