Tuas Mãos
Mãos do meu Amor! Sedas douradas
Que prendem minha alma, delirante!
Nelas pousei, um dia, as madrugadas:
Meus sonhos, minhas ânsias, meu semblante.
Nelas ficaram minhas alvoradas,
Meus navios de guerra, navegante,
As minhas pérolas, todas as jornadas
Que trouxe d'Além-Mar, errante, errante!
Mãos do meu Amor! Taças... altares...
Misteriosas arcas senhoriais...
Torres de marfim... góticos lugares...
Ninho descido d'Astros à janela...
Ó meu leito de sonhos celestiais!...
Meu suntuoso cárcere de Cinderela!
Marilândia
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