Tormenta
Tudo foge! Tudo escapa! Devastação
Cruel! Não sei onde ficou o ontem.
Meus jardins, meus castelos, meus porquês!
Não sei de mim, Senhor, não sei de mim!...
Passa em galope ardente a multidão
Das dores e delírios que me vêm!
Rasgam-se véus, partem-se os interesses
Não tenho paz, Senhor, não tenho paz!...
Vigílias de tormento, sedentas de partir!
Loucura a desenhar-se, a ensombrear
Cada vez mais as águas do meu sentir!
Ó terrível doença de estar só!
Ó terrível e amargo mal de amar
Tantas vidas que choram no meu pó!
Marilândia
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