SÚPLICA AO TEMPO
Não corras tanto, ó tempo fugidio,
Detém por um momento o teu andar;
Deixa que eu sinta ainda o calor tímido
Dos sonhos que me vinhas embalar!
Sou dona destes íntimos delírios,
A estranha e melancólica mulher
Que um dia se perdeu nos teus suspiros...
Não fujas tão depressa, ó meu querer!
Teu sopro fez de mim deserto imenso:
Quantas miragens vi que não notaste,
Quanto oásis secreto e condenso!
Espera... espera... ó minha hora amada...
Vês que depois de ti já não me resta
E nunca mais me encontras na jornada!...
Marilândia
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