SEDE DE VERSOS
Caminho pelo mundo como sombra,
Carrego o peso de mil desencantos...
E não encontro paz que me assombre
Nem braços que me acolham entre os prantos!
Não tenho sequer uma rosa que ponha
Sobre o altar da minha melancolia!
Minha alma ferida, sempre tristonha,
Bebeu o fel de toda a agonia!
Sou espinho perdido no desatino,
Folha seca que o vento abandonou.
Como tu, trago o pranto divino!
Mas há tormento que me consome mais:
Não ter a voz que em versos transformou
Tua dor em beleza para jamais!
Marilândia
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