Meu Destino
Quis o fado tecer-me dessa seda
Que tremula ao menor sopro do vento,
Dar-me um coração que tudo ceda
À música sutil do sentimento!
Quis o fado fazer-te sacramento
Desta sede que nunca se aquieta!
Acender em meu peito o firmamento
Como chama que dança e se inquieta!
Quis o fado unir-nos... mas em vão!
—Perdidos, os meus sonhos pelo. desvão!
Vazios, estes versos que te dou!
Segue! Voa! Mas onde?... Por que espaço?...
Se ao teu partir se desfaz no descompasso,
O altar de luar que te brindou!
Marilândia
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