Lamento da Juventude
É tão cruel sofrer na primavera!
E vou sentir meu peito, adolescente,
Vestido de amargura, qual dolente
Rosa que murcha antes da véspera!
E logo vou mirar (com que tristeza! ...)
Meus lábios roxos, pálidos, doente,
De sangue novo, uns botões nascente
Que hão-de secar na mais tenra beleza!
E ser-se jovem é ter-se a Esperança,
É ter-se o mundo inteiro pela frente,
Aonde tudo é sonho, fé e dança!
E os meus vinte e poucos anos... (Sou criança!)
Sussurram doces: "Como a vida é quente!..."
Responde a minha Alma: "Que fria a lança!"
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