Fragmentos de Alma
Verter na página a Dor mais funda,
O grito mudo, a angústia que não cala!
– E ser, depois de brotar da alma,
Apenas tinta seca que se aprofunda! ...
Buscar a palavra que tudo consuma,
Perfeita como prece que se exala!
– E ser, depois de brotar da alma,
Só eco vão na solidão que se assuma...
São assim vazios, toscos, os meus cantos:
Gemidos soltos, desolados prantos,
Com que engano a mim mesma, com que sinto!
Quem me dera achar a voz certeira,
A voz que corte como lâmina inteira,
E grite, sem pudor, o que pressinto!!!
Marilândia
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