Despojada
Vago perdida pelos caminhos,
Sem lar, sem nome, sem destino certo...
Das minhas mãos fugiram os carinhos,
E agora ergo o olhar ao céu deserto!
Onde ficou meu reino descoberto?!
Quem queimou meus jardins e meus ninhos?!
Quem fez do coração campo de espinhos
E da minh'alma um deserto coberto?
Caminho só, fantasma entre os vivos,
Ninguém me vê passar pelas calçadas,
Sombra entre sombras, eco entre os olvidos...
Ah! se eu pudesse ser como as andradas
Lobas que correm livres e furtivas
Por montes, de dor e fúria embriagadas!...
Marilândia
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