Demora-te Ainda
Não partas já, ó doce companhia,
Retarda o curso destes teus caminhos;
Respira o aroma desta nostalgia,
Dos nossos tênues e últimos carinhos!
Sou a senhora dos secretos ninhos,
A melancólica e suave poesia
Que se perdeu nos teus olhos marinhos...
Não fujas ainda, ó doce companhia!
Tua presença fez de mim um rio:
Quantas marés de sonho e de vazio,
Quanta sereia cantando na corrente!
Demora... demora... ó minha alma querida...
Vês que sem ti se esvazia a vida
E já não voltas mais eternamente!...
Marilândia
Nenhum comentário:
Postar um comentário