Ao Entardecer
Vento forte! Folhas soltas e perdidas
Num sussurro dolente, murmurado...
Vôo de andorinhas, terno, delicado,
Como lágrimas ao céu oferecidas!
Lua! Rainha a descer, faces feridas,
Brilhando ainda num fulgor prateado...
Ó minha doce noite atormentada
Bendigo-te em mim, sonhando, mãos erguidas!
Meu verso de Verlaine cheio de mágoa,
Ainda não és chama já és brasa
Como um roxo jasmim que se desfaça!
Saudade! Tua alma trago-a no peito...
Suspira dentro de mim como esta brisa
Num abraço eterno, assim, nunca desfeito!...
Marilândia
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