A MINHA SOLIDÃO
Recordo o que já não existe em mim.
Ai, como dói lembrar! Nas horas lentas
Recordo que eu era o próprio jardim
Onde brotavam flores sonolentas!
Meus olhos, antes cheios de tormentas,
Eram como dois astros... Que sem fim
Tudo se desvanece, e as ciumentas
Ecoam onde outrora houve jasmim!
Os que amei com fervor hoje me ignoram...
Mas sussurro baixinho: "Não me choram
Porque não conheceram meu valor!"
Descubro então minha força escondida:
Que há beleza também na despedida
E há grandeza também em ser menor!
Marilândia
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