A Minha Alma
A minha Alma é um palácio deserto
Cheio de salas, névoas, galerias,
Aonde o mármore em tristezas frias
Tem formas dum abandono descoberto.
Os ecos têm suspiros de incertezas
Ao murmurar, dolentes, minhas profundezas!
E todos têm sons de desencontro
Ao repetir vozes, no fluir dos encontros!
A minha Alma é um palácio. Há rosas
Dum branco amarelado de saudosas,
Tão pálidas como nunca as viu ninguém!
Nesse vazio palácio onde habito,
Noites e dias busco e gemo e grito!
E ninguém escuta... ninguém sente... ninguém...
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