Vigília do Ausente
Acordo de não ter-te
Quando a aurora desponta,
E um vazio a morder-me
Na alma que se afronta.
Busquei poder conter-te
E a dor me desaponta.
Talvez que recordasse,
Velando-te, quem fui,
E aquilo que guardasse
Fosse o que me construi.
Mas despertei, e passa-se
O tempo que me flui.
Vigília de esquecer-te!
Quem sou já não distingo.
Pela memória verte
Cada hora o seu castigo.
Como, sem conseguir ter-te?...
Por que não me fustigo?(CONTRADIGO)
Marilândia
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