Que Importa?...
Tu eras o altivo, o inatingível,
Nunca mostraste em teu olhar sereno
Lampejo de paixão ou de veneno,
Como mostram os outros, mais sensível.
Agora, olho-te eu, humilde e frágil,
Com toda a sede de um amor resiliente,
Enquanto o gelo branco do presságio
Congela em ti ao vento do poente.
Teu peito, o bronze, fez-se flor dourada;
Como nascida em terra abençoada,
Todo ele é fogo, e é ternura e prece!
Nele aquece minh'alma um só momento...
Que importa?..., se o cruel esquecimento
Toma todas as flores... quando desce?...
marilândia
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