"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
domingo, 15 de junho de 2025
O Vento Interior (FAZER ALTERAÇÕES NECESSÁRIAS)
O Vento Interior
Meu sonho é um vento que não sopra.
Para que céus se eleva e donde nasce?
Não sei... na quietude em que se enlace
Desperta dele uma brisa que não topa
Com bordas do real, fontes perdidas
De eu as sentir... misteriosas correntes
Habitando o silêncio de aurentes
Horas onde os instantes são feridas...
De quando em quando passa em minha alma,
Como um sussurro num vazio eterno,
Um movimento de ir, superno e terno
Em mim, um leve respirar de calma...
E eu recordo de ventos mais primeiros
Que a minha noção da realidade
Brisas celestes tocando a verdade
De horizontes unânimes e inteiros,
E a memória de um Tempo anterior
À forma consciente do existir
Dói-me no meu sentir, e vem ferir
Como uma rajada de encontro à minha dor.
Escuto-o... Ao longe, no meu vago ouvido
Da minha essência, perdido sopro incerto,
Como um eterno vento indescoberto,
Mais que a ideia de vento conhecido...
E para onde é que ele vai, que se perde
Do meu senti-lo? A que abismos voa?
Em que frios de Espanto se perdoa?
De que sombras medrosas se recerde?
Não sei... Eu perco-o... E novamente volta
A forma e o som do mundo conhecido,
E na interior distância do meu Sentido
Como se a vida acabasse, o vento se solta...
Marilandia
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