O Meu Sonho Eterno
Eu quero, quando partir, ser levada
Pelos ventos de outono ao jardim santo,
Onde floresça em pétalas meu pranto
E vire em rosas toda a minha mágoa...
Há de cobrir-me a terra perfumada
O chão amigo e doce para tanto!
Velei na dor o meu amor de encanto,
E nunca mais terei alma cansada!
E tu hás de lá vir... bem sei que vens...
E eu do silêncio eterno hei de falar
Para os teus sonhos que ficaram ténues!
E as Estrelas hão-de dizer-me em paz:
- Ai, não te aflijas... dorme... foi amar
Que te matou... não foi nada... descansa...
Marilãndia
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