DA MELANCOLIA
Serena e envolvida de silêncio,
Habito só meu reino: a Solidão!
Percorre-o toda a sombra da paixão...
E nunca em meu palácio houve algum incêndio!
Senhora da Saudade, vês?... A quem?...
– E meu olhar se perde em devaneio –
Contemplo, ao longe, as brumas do recreio...
Geme o vento... nada... ninguém vem...
Senhora da Saudade, porque gemes
Folheando, toda em luto, antigos temas,
Sob a luz dourada dos lampiões?...
De madrugada, erguida, nas janelas,
Porque suspiras fundo?... Porque velas?
Que mágoa embalam tuas orações?
Marilândia
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