“Visto-me para o sonho do momento,”
Jô Tauil
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Com sedas de luar e rendas d'alma,
Num ritual de pura liberdade
Que ao corpo nu de angústias traz a calma.
Visto-me de saudade e de tormento,
De versos que se espalham pela palma
Das mãos que tremem, cheias de verdade,
Buscando no infinito uma outra calma.
É ouro o meu vestido de quimera,
Tecido em fios de melancolia,
Bordado a lágrimas da primavera.
Visto-me assim, mulher que desafia
O tempo, a dor, a morte que me espera,
E danço nua na minha fantasia.
Marilândia
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