Campo Selvagem
Desperta em meu ser, num sonho ardente,
A força das paixões adormecidas...
Nas terras áridas brotam as vidas...
Nas minhas veias o sangue latente...
Desejo! Alma nua! O que presentemente
Sinto em mim? Escuto vozes perdidas
Sussurrar-me canções desconhecidas
Que incendeiam meu peito docemente!
E neste fogo bravo que me toma,
Rasgo meus véus, minha antiga tristeza,
E já não sou, Paixão, flor que se soma...
Seios a pulsar em ondas de calor,
Lábios a saber a terra, a natureza:
Sou o campo selvagem em seu esplendor!
Marilândia
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