AO SILÊNCIO
Silêncio, meu senhor de paz profunda,
Tão doce deve ser teu lenitivo!
Calmo e sereno como um mar esquivo
E, como a noite, eterno e sem segunda.
Não há dor que não cure ou não circunda
Tua presença que me torna viva,
Em ti, contigo, na tua luz altiva
Não há lamento que me não confunda.
Senhor Silêncio de suave manto,
Seca-me os olhos que choraram tanto!
Cala-me a voz que gritou em vão!
Venho do mundo, sou filho da terra,
Rude barulho me moveu a guerra
E aqui me encontro... dá-me a salvação!
Marilândia
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