Alma de Gelo
Os teus lábios são mudos como o mármore,
E duros como os pétreos monumentos,
Têm silêncios de mortos sentimentos
E a frieza de um túmulo num folclore.
Vejo neles histórias que se esgarçam
De promessas que foram só lamentos,
Sonhos mortos em vãos esquecimentos,
E todo o vazio onde as almas se estorcem!
Mas não te invejo, Amor, essa dureza,
Que andar por este mundo sem sentir
É pior que viver na incerteza!
Tu invejas o fogo que me queima!
E quantas vezes hás de repetir:
"Ai, quem pudera, Irmã, ter tal dilema!..."
Marilândia
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