OS MEUS SONHOS
Momento eterno de um anoitecer
De Inverno, junto ao rio, cor de prata,
Ergue-se uma canção que se desata...
A lua é uma ferida a sangrar...
A corrente arrasta, sem querer,
Numa dança que chora e que arrebata,
Os reflexos da luz que se maltrata
Num derradeiro brilho, a desfalecer!
A lua morreu... e chora a solidão...
E eu vejo o caixão de cristal, então,
A descer pela água, em véu de bruma!
Os meus Sonhos, cruel melancolia,
Também os vi partir, em pleno dia,
No rio do Tempo, assim... um por um!
Marilândia
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