Mãe, Território da Luz
Mãe, Território da Luz (Poetisa Iluminada, em voz de Neruda entre as estrelas) Mãe, tu não és apenas carne e tempo: és constelação antiga que habita a memória das galáxias, és a primeira explosão de ternura antes que o uni_verso tivesse nome. Em teus olhos cabem planetas, e teus suspiros acalmam as tempestades solares que rugem dentro de mim. Tu és a gravidade que me sustenta — o eixo in_visível da minha órbita, a luz silenciosa que guia meus passos de cometa errante. Ó Mãe, em teu ventre dormem os mapas das estrelas e o calor que acende a vida. Tu és feita de nebulosas e gestos que curam. Cada toque teu é uma aurora boreal em minha pele, um chamado de volta à origem. E mesmo quando deixas de ser corpo, ainda és poeira de ouro no cosmos, teu nome ecoando nos anéis de Saturno, na dança espiral das galáxias. Mãe — és a eternidade que respira em mim, a poesia primordial, o in_finito que me embala quando o mundo se apaga. Marilândia

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