Alma de Maio
No doce reflorir da primavera,
Maio resplandece em luz dourada;
A natureza, enfim despertada,
Sussurra-me segredos que venera.
Entre espinhos, a rosa desespera
Por entregar-se à brisa perfumada;
Eu, como ela, também encantada,
Vivo este mês que tanto me lacera.
Há no verde das folhas um convite,
No céu azul um terno aceno;
E no meu peito, um vasto infinito.
Maio, mês-poema de saudade,
Carregas no teu seio o mais sereno
Mistério desta minha soledade.
Marilândia
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