"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
quarta-feira, 16 de abril de 2025
Evento de Marco Meireles e FEDERATION OF THE INTERNATIONAL LITERARY COPYRIGHT TREATY TEMA:PÁSCOA: REFLEXÃO, RENOVAÇÃO E AMOR dia 17
PARA O EVENTO DE DIA 17 (ESSA DAQUI)
marilandiam3
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Enviados
Marilândia
De:
marilandiam3@gmail.com
Evento de Marco Meireles e FEDERATION OF THE INTERNATIONAL LITERARY COPYRIGHT TREATY
TEMA:PÁSCOA: REFLEXÃO, RENOVAÇÃO E AMOR
AUTORA:Marilândia Marques Rollo
TÍTULO: SIMBOLOGIA DO AMOR
DATA:17/04/2025
PAÍS:Brasil
SIMBOLOGIA DO AMOR
Nas manhãs de abril, quando a luz se renova,
Um convite à reflexão suavemente nos chega.
Esta é a hora em que a terra se rasga
E do ventre frio brota a promessa.
Páscoa – palavra antiga que sangra
Na boca dos homens em nosso Uni_verso.
Nas nossas casas, o pão é alimento e símbolo,
Partilha-se na mesa como quem reparte a eternidade.
Os sinos tocam na memória dos vivos
E despertam os mortos que em nós dormem.
Renascer – eis o verbo que não se conjuga
Sem a dor das raízes quando rompem o chão.
Celebramos este ritual antigo e necessário
Com mãos calejadas de quem lavra a própria salvação.
Renovação que não é apenas conceito,
Mas sangue que pulsa nas videiras recém-podadas.
Como podemos não crer no milagre
Se cada primavera nos confirma a Vida?
Somos todos peregrinos desta liturgia terrestre
Em que os corpos se redimem pelo trabalho e pelo amor.
Na quebra da casca, no romper do ovo,
Encontramos o símbolo da vida transformada;
Não somos hoje quem fomos de novo,
Cada ciclo nos deixa a alma renovada.
O amor que se espalha nesta celebração
É como semente que cai em solo fértil;
Cresce em silêncio, sem ostentação,
Mas transforma nosso ser, antes tão estéril.
A Páscoa nos ensina que após o inverno da dor,
Sempre há primavera, sempre há recomeço;
No jardim da existência, somos mais que flor,
Somos o próprio milagre, divino processo.
Esta é a Páscoa que procuramos>>
não só a de Cristo mas a do homem
que dentro de si mesmo derruba muralhas.
Debaixo das oliveiras de Getsêmani
dormimos ainda o sono antigo da espera
enquanto a manhã é uma promessa adiada.
A Páscoa é este trânsito perpetuado
entre o que fomos e o que seremos,
entre o pranto das mulheres junto ao túmulo
e o perfume das amendoeiras em flor.
A Páscoa é este amor que se levanta
da própria cinza como uma bandeira.
Um amor com a idade das oliveiras
e a paciência do mar contra os rochedos.
Um amor que conhece o preço da travessia
e ainda assim escolhe partir e regressar.
Páscoa: verbo de liberdade conjugado em todos os tempos.
Ressuscitaremos na voz dos que ainda cantam
quando a noite parece mais profunda..
Páscoa – a palavra ecoa no silêncio das moradias.
Recomeçar é o nosso destino e nossa glória!
Marilândia
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