Sombras do meu ser
Nas sombras do meu ser, vago perdida,
Entre espelhos partidos de memória,
Buscando em cada canto desta história
Os fragmentos dispersos desta vida.
Quem sou eu neste mar de despedida?
Que alma habita em mim, fugaz, notória,
Que ora busca a paz, ora a glória,
Numa dança sem fim, sempre incompleta e vivida?
Procuro-me nas ruas do passado,
No silêncio das noites sem estrelas,
Nas palavras que o vento tem levado.
E quando penso ter-me encontrado,
Vejo apenas sombras - todas elas
São eu mesma em um tempo fragmentado.
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