COSTURANDO POESIA DIA 8

"Porque da poesia vem os devaneios mais bisonhos" Jô Tauil _________________________________________ Nas profundezas da alma, onde a sombra se aninha, Devaneios estranhos, como névoas que se erguem, Numa dança macabra, em que os sonhos se estilhaçam, E a razão se esvai, em sussurros que se perdem. O tempo se dilata, em labirintos de névoas, E o presente se estilhaça, em fragmentos de memórias, Onde a saudade se acende, em brasas que ardem, E a melancolia paira, em véus de desalentos. Fantasmas se agigantam, em sonhos que se esgueiram, E a realidade se dissolve, em névoas que se confundem, Em um turbilhão de sensações, em que a alma se afoga, Em devaneios estranhos, em que a razão se afunda. Os sentidos se aguçam, em um frenesi insano, Em que o prazer se mistura, com a dor e a angústia, Em um ciclo incessante, de delírios e tormentos, Em que a alma se debate, em busca de um refúgio. E no silêncio da noite, quando a lua se revela, Os devaneios se intensificam, em um mar de sombras, Em que a alma se entrega, a um turbilhão de desejos, Em um jogo perigoso, entre o real e o imaginário.