A Lua Pálida no Céu (Soneto inspirado em Álvares de Azevedo)
A lua pálida no céu desliza,
Lembrando a face fria de um amor,
Que um dia floresceu na cor da brisa,
E agora jaz na sombra e no temor.
O vento, em sussurros, a alma avisa,
Do triste fim, da lágrima e da dor,
Enquanto a noite fria simboliza
A morte lenta de um sonho em flor.
Ó doce vida, em nevoeiro e espanto,
Por que me foges quando mais te quero?
Por que me deixas só com o meu pranto?
No escuro olhar, o brilho que venero
Já se desfez num vago desencanto,
E tudo é sombra, quando em ti espero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário