"A POESIA EXPRESSA IDEIAS E EMOÇÕES, MAS NUNCA DE MANEIRA CLARA, PARA , ATRAVÉS DO MISTÉRIO E DO ENIGMA, ATIVAR A IMAGINAÇÃO DO LEITOR."
terça-feira, 2 de abril de 2024
DESENCANTO EVENTO DIA 5 DORIDO PRANTO
Grupo · Membros do grupo BIBLIOTECA MUNDIAL DE LETRAS Y POESÍA
Palco Antológico
" O Poder da Poesia "
Tema: "Eu faço versos como quem morre."
-Desencanto - Manuel Bandeira
Título:DORIDO PRANTO
Data:05/04/2024
Autora:Marilândia Marques Rollo
País:Brasil
Gentilmente convidada pela amiga poetisa Zilma soares de Brito
DORIDO PRANTO
Por onde andarão os sonhos
Daquele cancioneiro solitário?
Talvez em caminhos bisonhos
Num rito augusto, humanitário...
Dentre "en_cantos e des_encantos"
Que as jornadas lhe impuseram,
Sob (im)perfeitos esplendores sacrossantos
Os olhos dele, mágoas mantiveram...
Assim dos lábios a vida escorre
Num destino tão amargo, tão incerto,
Perene peregrino que percorre
Íngremes áleas, num bater cadenciado...
Desvalido na im_piedosa sorte,
Seus desígnios erram por novas trilhas
E,por entre des_venturas tão maltrapilhas
Mescla suas dores à própria morte!
Marilândia
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
– Eu faço versos como quem morre.
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