quarta-feira, 23 de junho de 2010

JARDIM DE DORES








JARDIM DE DORES


Jardim onde as dores cultivo
Nunca sorriu
Tampouco floresceu.

Rubras rosas que minhas fantasias anelam
Pendem emurchecidas
Ao raiar do dia.

Choram as mágoas das frias noites.
Auréolas de agonias d'um triste outono.

Alados,
Soluçantes clamores das madrugadas
Sulcam o infinito
Em busca da estrelada abóbada .

Sussurrantes espectros
Fantásticas visões
Sobre o céu se estampam.





“Assim a dor que se sente
no outro obscuro de nós
nunca fala a nossa voz
mas de quem de nós ausente...”

VERGÍLIO


2 comentários:

  1. Um bonito poema...embora muito triste...cultivar um jardim, que nunca floresceu...Mas demostra tambem a esperança de que um dia ele venha a florir...

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  2. MARILÂNDIA, TEUS VERSOS TÃO ENCANTADORES APESAR DOS SOLUÇANTES CLAMORES!
    PAZ E LUZ
    BJCAS
    GRAÇA

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