sábado, 26 de junho de 2010

ADEUS SEM PONTO FINAL





ADEUS SEM PONTO FINAL


Abandono de esquecido
Fugidio lamento esvaido.

Ilusões desfeitas
Razões fenecidas

Macerados tormentos
Soturnas convulsões
No escorregadio tempo .

Invernosas brumas,
Derramando-se pelas madrugadas
Segredos invocam

E choram sem saber o porquê...

Choram o pranto da saudade
Flores desmaiadas orvalham
Jardins de desgrenhadas urzes irrigam...




“Sou chama e neve branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!”

Florbela Espanca

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